quarta-feira, 29 de julho de 2009

Somos se pudermos ser ainda...


Estou a alguns dias das minhas férias...
Dias que estão sendo aguardados há pouco tempo, afinal tirei férias em Janeiro e agora no meio do ano termino de tirar meus dias não tirados no início deste.
Ando cansada, mas não é cansaço físico é um cansaço mental.
Cansada da dedicação às pessoas que não se dedicam a mim. De me prender a elas com a minha incansável crença de que tudo é para sempre e da incansável (será?!?) confiança e elas não se prendem a mim ou a nada e principalmente não acreditam em mim, na minha pessoa, no meu caráter, nos meus princípios.
Tô cansada de procurar pessoas e não me encontrar em nenhuma dela. Algumas já até me encontrei, mas depois de algum tempo, elas não se encontraram em mim e assim, vai se mais uma amizade, um carinho, um tempo de alegria pro passado. Nada fica ultimamente.
Tô cansada do mundo virtual onde as pessoas só se comunicam por Orkut ou MSN.
Sinto falta das visitas inesperadas, das cartas, dos telefonemas no meio da tarde.
Ando cansada de tantos sonhos e planos onde não realizados por falta de grana e tempo, aff, como estou farta de ficar sem dinheiro.
Nessas férias, planejei um tempo para mim. Um tempo pra limpar meu jardim, cuidar mais de mim, ficar em paz comigo mesma. Voltar a ser a pessoa que não precisa de outras pessoas, voltar a apenas me bastar.
Quero voltar a correr e sentir a sensação do vento no rosto.
Quero sentir que estou na direção certa, mas na verdade estou na contramão.
Quero continuar com forças e energias para nunca parar e se parar, continuar com a sensação de continuo seguindo.
Quero ter dias em que posso acordar cedo, mas não consigo (e não preciso) abrir os olhos. Quero poder ter a companhia de uma garrafa de vinho a noite inteira e varar a madrugada aqui escrevendo o que passa pela cabeça “cheia de álcool” e não me preocupar com hora para acordar... Falando nela, quero poder esquecer que os dias têm horas... Pra quê relógios nas férias????
Quero esquecer que o tempo lá fora corre contra e deixar meu estômago me lembrar que é hora de comer e meus olhos me lembrarem que é hora de dormir.
Quero esquecer as pequenas obrigações e grandes responsabilidades e deixar meus ombros livres, curtir minha casa, meu apto, meu cafofo.
É isso! Tudo que eu preciso. Tempo pra mim, pras minhas idéias e minha cabeça funcionar normalmente como funcionava antigamente.