quarta-feira, 29 de julho de 2009

Somos se pudermos ser ainda...


Estou a alguns dias das minhas férias...
Dias que estão sendo aguardados há pouco tempo, afinal tirei férias em Janeiro e agora no meio do ano termino de tirar meus dias não tirados no início deste.
Ando cansada, mas não é cansaço físico é um cansaço mental.
Cansada da dedicação às pessoas que não se dedicam a mim. De me prender a elas com a minha incansável crença de que tudo é para sempre e da incansável (será?!?) confiança e elas não se prendem a mim ou a nada e principalmente não acreditam em mim, na minha pessoa, no meu caráter, nos meus princípios.
Tô cansada de procurar pessoas e não me encontrar em nenhuma dela. Algumas já até me encontrei, mas depois de algum tempo, elas não se encontraram em mim e assim, vai se mais uma amizade, um carinho, um tempo de alegria pro passado. Nada fica ultimamente.
Tô cansada do mundo virtual onde as pessoas só se comunicam por Orkut ou MSN.
Sinto falta das visitas inesperadas, das cartas, dos telefonemas no meio da tarde.
Ando cansada de tantos sonhos e planos onde não realizados por falta de grana e tempo, aff, como estou farta de ficar sem dinheiro.
Nessas férias, planejei um tempo para mim. Um tempo pra limpar meu jardim, cuidar mais de mim, ficar em paz comigo mesma. Voltar a ser a pessoa que não precisa de outras pessoas, voltar a apenas me bastar.
Quero voltar a correr e sentir a sensação do vento no rosto.
Quero sentir que estou na direção certa, mas na verdade estou na contramão.
Quero continuar com forças e energias para nunca parar e se parar, continuar com a sensação de continuo seguindo.
Quero ter dias em que posso acordar cedo, mas não consigo (e não preciso) abrir os olhos. Quero poder ter a companhia de uma garrafa de vinho a noite inteira e varar a madrugada aqui escrevendo o que passa pela cabeça “cheia de álcool” e não me preocupar com hora para acordar... Falando nela, quero poder esquecer que os dias têm horas... Pra quê relógios nas férias????
Quero esquecer que o tempo lá fora corre contra e deixar meu estômago me lembrar que é hora de comer e meus olhos me lembrarem que é hora de dormir.
Quero esquecer as pequenas obrigações e grandes responsabilidades e deixar meus ombros livres, curtir minha casa, meu apto, meu cafofo.
É isso! Tudo que eu preciso. Tempo pra mim, pras minhas idéias e minha cabeça funcionar normalmente como funcionava antigamente.

terça-feira, 7 de julho de 2009

The climb

I can almost see it
That dream I'm dreaming but
there's a voice inside my head saying
You'll never reach it

Every step I'm taking
Every move I make Feels
lost with no direction
My faith is shaken
But I, I gotta keep trying
Gotta keep my head held high


There's always gonna be another mountain
I'm always gonna wanna make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm gonna have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb

The struggles I'm facing
The chances I'm taking
Sometimes might knock me down But
no, I'm not breaking
I may not know it
But these are the moments that I'm gonna remember most, yeah
Just gotta keep going
and I
I gotta be strong
Just keep pushing on
'Cause

There's always gonna be another mountain
I'm always gonna wanna make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm gonna have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb

There's always gonna be another mountain
I'm always gonna wanna make it move
Always gonna be an uphill battle
Sometimes I'm gonna have to lose
Ain't about how fast I get there
Ain't about what's waiting on the other side
It's the climb

Keep on moving
Keep climbing
Keep the faith
Baby
It's all about
It's all about the climb
Keep the faith
Keep your faith

Two people...

Quando se conheceram certa noite numa festa qualquer de qualquer pessoa, ficaram mais de quinze minutos apenas se olhando antes de se beijar. Parados num canto, olhos nos olhos, fixos, tentando ler a alma do outro. Uma lágrima chegou a escorrer pelo rosto dela antes que ele segurasse sua nuca e puxasse seu rosto contra o seu e seus lábios colidissem num beijo suave e intenso. Foi um belo encontro.

Na cama seus corpos pareciam ter o encaixe perfeito. Nada ensaiado, pensado, premeditado. Tudo acontecia de forma fluida e sincronizada como se fossem íntimos, amantes de anos com a fome do primeiro encontro. Nunca o desejo fora tão grande e satisfeito. Ele adorava sentir a língua dela em seu mamilo. Ela também.

Ele tinha uma vida. Ela tinha outra. Ele queria uma coisa. Ela queria outra. Ambos se queriam. De formas diferentes. Discutiam. Brigavam. Se amavam.

Noites voavam juntos. Dias ficavam intermináveis separados. Combinavam distância mas não aguentavam ela. Tentavam desesperadamente tolerar suas diferenças, camuflar sua inadequação para o estilo do outro, ao passo que nunca haviam se sentido tão adequados ao lado de alguém.

Ela sofria quando estava longe dele. Ele queria o colo dela. Ela queria o gosto dele. Ele precisava do toque dela. Ela batia em sua cara de raiva. Ele batia em sua cara de tesão. Ela o xingava. Ele puxava os cabelos dela.

Não queriam nada. Queriam tudo. Queriam ir embora pra sempre mas não saiam do lugar. Se despediam e esqueciam minutos depois. Nada fazia mais sentido. Juntos e separados. Ela dizia te amo. Ele dizia te odeio. E vice-versa. Nada era de verdade, mas tudo aquilo era real. E não podiam mais lidar com isso, fosse lá isso o que fosse.

Agora eles vagam soltos por aí.

(Pedro Neschling)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Há males que vêm para o bem...

Hoje recebi uma notícia que foi uma mistura de sentimentos...
Dois deles eram: Pena porque não queria que isso tivesse acontecido e satisfação porque essa pessoa agora sabe o que é estragarem seu aniversário na véspera...

Even though, for you:

He can't get out of bed this morning
You can tell that he's been crying
From the stains on his pillow case last night
He wonders why he got no warning
He wonders all the time
Well maybe in his dreams he'll make it right

He finally pulls himself together
And tries to face his life
But the thought of her cripples him inside
He wonders if she thinks about him
Or if she feels alright
These thoughts don't seem to leave his mind

At least he's still got
so much...

Time on his hands
Time to get back on his feet again
Time left to stand
Time to let go of his feelings

Problems in his life get clearer
As he finds some peace of mind
It gets a little easier with time
No he doesn't have all the answers
But he figures that's alright
Cause some things in life you just can't find

At least he's still got
so much...

Time on his hands
Time to get back on his feet again
Time left to stand
Time to let go of his feelings

All he wanted to find
Was a heart to match his own
When she left him behind
She killed the girl he thought he'd known

Time on his hands
Time to get back on his feet again
Time left to stand (Time won't let go)
Time to let go of his feelings (Won't let go)
Time on his hands (Time won't let go)
Time to get back on his feet again



Best wishes for you! Always....

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quando um passado não é esquecido, ele se torna PRESENTE!





Be the greatest fan of my life... you are more than welcome!

Como é difícil ter que ir e te deixar. Te abraçar e resistir. Dar adeus, me despedir.
É impossível te deixar e não sofrer. Sorrir pra não chorar. Pois em todo meu caminho o teu amor vai me guiar.

É com você que eu vou sempre estar dentro do meu coração. Nada vai nos separar, baby.
Não há distância pro amor e se a saudade apertar, procure no céu a estrela que mais brilhar, ela será meu olhar.

Um amor assim, não importa o lugar.
A mesma lua que olhar, se estiver pensando em mim, vou sentir tocar.
Em tudo que existe em nós, o amor é a solução pra afastar a solidão, até quando eu voltar.

Quando eu voltar, meu coração então vai respirar ao tocar o seu.
Ficar pra sempre assim, pra sempre assim...
Com você que eu vou estar e se a saudade apertar, procure no céu, ela será o meu olhar

Dentro do meu coração, nada vai nos separar, baby
Não há distância pro amor, vá, procure no céu, a estrela que mais brilhar, ela será o meu olhar...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sonho e amor

Tenho um amigo que adoooooora escrever e ultimamente ele tem me mandado vários de seus textos. Decidi colocar um aqui para que as pessoas possam ter uma pequena noção do talento dessa pessoa incrível, que me dá o prazer de ser sua amiga, de fazer parte da sua vida.


SONHO E AMOR

Sonho, a gente só se dá conta dele depois que acorda depois que ele acabou...
E fica aquela vontade na gente de sonhar mais um pouquinho.

Existem pessoas que são um sonho
Um sonho pelo qual a gente dormiria a vida inteira.
Mas o destino vem e nos acorda violentamente...
E nos leva aquele sonho tão bom...

Existem pessoas que são estrelas.
Doces, luzes que enfeitam e iluminam as noites escuras de nossas vidas.
Mas vem o amanhecer e nos rouba com toda a sua claridade aquela estrela tão linda.

Existem pessoas que são flores.
Belezas discretas que alegram o nosso caminho.
Mas com o tempo, as flores murcham, e nos enchem de saudade de sua cor e de seu perfume.

Existem, finalmente, as pessoas que são simplesmente amor.
Um amor doce como o mel de uma flor... Que desabrochou numa estrela e que veio até nós
num lindo sonho!
E ainda bem que é amor, porque flores, estrelas ou sonhos, mais cedo ou mais tarde, terminam... Mas o amor... O amor... termina nunca...

(Luciano Augusto)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Memories...

Ontem assistindo "Fandárdigo" ví aquela senhora (Susan Boyle) que tornou-se um fenômeno de um dia para o outro, cantando "Memory" do espetáculo "Cats". Pra falar a verdade, já havia escutado essa música milhões de vezes e nunca dei uma certa importância a ela... mas não sei porque, ontem, ao ouvir na voz dela (e que voz!) algo me fez prestar atenção... me tocou... achei magnífica...
Quem me conhece, sabe que eu amo simplesmente escutar músicas e ao mesmo tempo sempre tento entendê-las. Escuto com coração e de alguma maneira sempre acho um jeito de "encaixá-las" na minha vida. Vejo sempre uma época que a tal música me faz lembrar e guardo sempre todas elas. Aqui dentro! Todas, de alguma maneira, parecem que foram feitas para mim, para um momento da minha vida... Vai entender... Mas eu sempre acho um jeito...
Essa de alguma forma, depois de escutá-la, na voz de anjo da tal "senhorinha", me tocou. Procurei na internet a letra, pois conseguia entender a Susan cantando, mas confesso que em algumas partes não entendia seu Inglês britânico. Corri para meu melhor amigo pai dos internautas burros e desatentos e lá estava ela. A letra...
E mais uma vez, encontro um lugar na minha vida para encaixá-la.
Pra mim, representa o ano passado...

I did wait for a sunrise and a new life... it came.

Memory
(Cats)

Daylight
See the dew on the sunflower
And a rose that is fading
Roses whither away
Like the sunflower
I yearn to turn my face to the dawn
I am waiting for the day . . .

Midnight
Not a sound from the pavement
Has the moon lost her memory?
She is smiling alone
In the lamplight
The withered leaves collect at my feet
And the wind begins to moan

Memory
All alone in the moonlight
I can smile at the old days
I was beautiful then
I remember the time I knew what happiness was
Let the memory live again

Every streetlamp
Seems to beat a fatalistic warning
Someone mutters
And the streetlamp gutters
And soon it will be morning

Daylight
I must wait for the sunrise
I must think of a new life
And I musn't give in
When the dawn comes
Tonight will be a memory too
And a new day will begin

Burnt out ends of smoky days
The stale cold smell of morning
The streetlamp dies, another night is over
Another day is dawning

Touch me
It's so easy to leave me
All alone with the memory
Of my days in the sun
If you touch me
You'll understand what happiness is

Look
A new day has begun

sábado, 23 de maio de 2009

How is it gonna be...

É estranho quando se está certo que seu relacionamento acabou. Você chega a um ponto de que antes que você enlouqueça, você precisa parar, precisa dar um tempo daquilo tudo que te deixa confuso e que se torna insuportável.
Pronto! Acabou... Agora é só move on...
Os primeiros dias parecem intermináveis, você se pergunta como ocupará seu tempo, esse que alguns dias atrás era completamente ocupado por outra pessoa. Suas felizes horas que passavam voando, agora se tornam lentas, se arrastam... E você começa a pensar: "será assim pra sempre?"
Essas horas intermináveis, se tornam horas solitárias, horas de reflexão, onde você gasta pensando se tudo que você lutou, tudo que você enfrentou, valeu. Se pergunta o que você irá sentir mais falta, se é a companhia, se é o cheiro dessa pessoa, se são as risadas, até mesmo as brigas...
Dias passam, meses passam...
As horas, por alguma razão começam a passar rápido e você já não gasta tanto tempo pensando as coisas que pensava antes. Sua mente começa a se ocupar de coisas e assuntos novos.
Sua vida anda...
Os lugares onde você custumava ir com essa pessoa, ficam na sua mente, você passa a ir com outras pessoas, mas os momentos do passado passam em sua mente como momentos gostosos e te fazem lembrar de um passado que queria esquecer... mas é gostoso lembrar, porque não? E você curte sozinho essa onda gostosa, sem medo, sem sentimento de culpa.
As pessoas já não ligam tanto a sua imagem a outra pessoa, mas algumas ainda te perguntam como é que andam as coisas entre vocês dois... e mais uma vez, voltam lembranças engraçadas e gostosas que te fazem lembrar de um tempo bom.
Mas ninguém entende que coisas boas a gente guarda num lugar secreto dentro do coração e nossas mentes jamais esquecerão. Elas passam por isso também, mas não entendem quando você está preparado para tocar nesse assunto.
Insistem, até que despertam todo aquele sentimento ruim que você levou horas, dias, semanas, meses, pra esquecer.
É uma dor diferente. É uma mistura de alegria e tristeza. Alegria porque você ainda guarda dentro de você os momentos bons, o cheiro, o toque, a intimidade, a amizade. Tristeza porque teve um fim, porque de alguma maneira tudo que você planejou tomou um caminho diferente, um caminho mais doloroso.
E todo suave mergulho do esquecimento é em vão...
Tudo volta com uma proporção diferente. Você começa a se questionar... Como é que eu consigo ficar sem essa pessoa? Porque deu errado? Onde eu errei...
Por alguma razão as coisas que te perturbavam e que você gastava horas discutindo, já não têm tanta importância, o que você via de errado, não é errado mais.
É a sua mente entrando em conflito, se misturando com seu coração, onde um dos dois quer ter aquilo tudo de volta, e eles entram em conflito dentro de você. Lá está você perdido novamente sem entender, como é que será dessa vez...
Será que terei tudo aquilo de volta?
Será que quero ter tudo aquilo de volta?
Alguns se perdem nesse momento e voltam atrás.
Eu não...
Prefiro curtir minha dor e aprender com ela. Faço questão de não esquecer as alegrias, os momentos felizes, mas também não esqueço a dor. Essa me fez aprender...

If leaving me it's easy, you know then coming back it's harder!

Carlos Drummont de Andrade

Fácil e difícil

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que se expresse sua opinião...
Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus próprios erros.

Fácil é fazer companhia a alguém, dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer a verdade quando for preciso.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre a mesma...
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado...
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.

Fácil é viver sem ter que se preocupar com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar suas atitudes impulsivas e as vezes impetuosas, a cada dia que passa.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.

Fácil é ditar regras e,
Difícil é segui-las...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A volta dos mortos vivos

Acredito que muita gente conhece esse filme...
Mas pense em alguém que você havia matado dentro de você e de repente, lá está... esse alguém, querendo estar vivo novamente...

Aff... vida, vida...
Porque as pessoas têm essa necessidade de mexer no passado, revirar coisas que não deviriam ser reviradas?
Porque depois de tanto tempo, já esquecido, já moved on, quer acertar detalhes e me dar conselhos?
Será que é difícil entender que é de direito meu deixar de amar? Esquecer? Porque eu tenho que explicar, não é mais fácil aceitar???

Ó vida, porque estás sempre a aprontar comigo?

Deixo apenas a música...

"Não perca tempo assim contando história
Pra que forçar tanto a memória
Pra dizer
Que a triste hora do fim se faz notória
E continuar a trajetória
É retroceder
Não há no mundo lei que possa condenar
Alguém que a um outro alguém deixou de amar
Eu já me preparei, parei para pensar
E vi que é bem melhor não perguntar
Porque é que tem que ser assim
Ninguém jamais pôde mudar
Recebe menos quem mais tem pra dar
E agora queira dar licença, que eu já vou
Deixa assim, por favor
Não ligue se acaso o meu pranto rolar, tudo bem
Me deseje só felicidade, vamos manter a amizade
Mas não me queira só por pena
Nem me crie mais problemas
Nem perca tempo assim contando história..."

(Maria Rita - Trajetória)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A grande diferença entre amar e gostar...



"Pra que mentir
Fingir que perdoou

Tentar ficar amigos sem rancor

A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou..."

Consegue ver a grande diferença nessa música do Cazuza?
A maioria das pessoas não conseguem distinguir (já sem trema... rss) essa grande diferença e simplesmente assumem que gostar é amar, se apaixonar é amar, que ter algo em comum é amar.
Não penso assim, não consigo ver isso. Pra mim amar é amar!
Amor é um sentimento que não acaba, não apaga, não some, não se esconde, não te destrói, não te machuca, não te decepciona.
Portanto, "se a emoção acabou" não era amor... Era paixão! A definição de paixão é simples: é um sentimento de fascínio pelo outro, é um vendaval que passa e deixa apenas um vazio. E quando correspondido... aaaaaah, é intenso, é tudo que você esperava...
No mundo dos adolescentes é fácil explicar esse "amor" que eles sentem um por outro, essa mania de "eu te amos" pra cá e pra lá. Os jovens se apaixonam facilmente por não ter tanta experiência e conhecimento com o "mundo sentimental" e se entregam sem medo. Amigas que acabaram de se conhecer, descobrem que têm os mesmos problemas, algumas coisas em comum e se tornam amigas de infância, irmãs praticamente. Pode-se dizer que é paixão? Sim! Claro, porque não? Porque são do mesmo sexo? E daí? Não quer dizer que elas tenham desejos sexuais (ou em certos casos sim... rss) pela outra, é o apenas combinar, o se dar bem, que as fazem pensar que "amam" a outra. Mas, é apenas paixão!
No mundo adulto é que me surpreende. As pessoas não conseguem (ou conseguem) ver essa diferença e simplesmente por um medo, ou sei lá o que, usam "eu te amo" sem pensar que poderá estar causando sofrimentos desnecessários ao outro. Esquecem que a frase falada simplesmente será plantada no coração do outro. Não pensam que além de estar enganando o outro, está enganando a si mesmo.
Paixão é um doce veneno que faz você se deliciar com cada momento, cada olhar, cada toque. Que faz seu subconsiente acreditar que aquela pessoa é exatamente tudo que você sempre quis. Te cega de certa forma, te anula, te faz pensar como aquela pessoa e de repente você não é mais você, você é aquela pessoa idolatrada, mas como disse, passa. E na mesma velocidade e intensidade que vem, vai! Passa e não fica nada.
Amor, não!
Amor é uma mistura de tudo. Inclusive paixão, mas, o lado bom dela. É o sentimento acima de tudo! Acima do gostar, acima do idolatrar, acima do gostar muito.
Amor é incondicional, é ilimitado, é sem fim! Não é um investimento onde se espera algo em troca. Não é necessário fazer alarde para demonstrar que ama. Você apenas AMA!
Se a pessoa não sabe o que é amar, é porque não aprendeu ainda a lição número um: AMAR A SI MESMO! Quando se ama a si mesmo em primeiro lugar, se torna muito mais fácil amar e ser amado. Muito mais fácil distinguir o amor do gostar, o amor da paixão. Esses sentimentos ficam claros, nítidos, para quem sabe amar a si mesmo.
Pessoas que "sabem" amar não passam adiante uma "cópia mal feita" desse sentimento do seu coração, simplesmente passam "a original", sem medo de perder, sem medo de doar, sem medo de passar a impressão errada.
Amar alguém é saber exatamente como segurar um passarinho em uma mão: Se apertar demais, você pode sufocá-lo e matá-lo. Se soltar demais ele pode voar para bem longe. Quem ama, sabe!
Quem ama não tem ciúmes doentios, a paixão te leva a ter.
Quem ama é livre, a paixão te aprisiona e faz aprisionar.
Quem ama não exige, a paixão espera retorno.
Quem ama nunca quer o mal, a paixão quando acaba faz da pessoa seu pior inimigo.

Deu pra aprender um pouquinho?


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mulheres...

Quando é que a mulher vai começar a acreditar no valor que ela tem?
Quando é que a mulher vai parar de pensar que precisa da sua "cara metade" para ter uma vida mais feliz?
Sei que a vida é muito boa, alegre e feliz quando se tem alguém que nos ama e que amamos. Mas achar que só será feliz quando achar a "metade da laranja", acho um pouco demais!
Tenho muitas amigas, conheço muitas mulheres e posso dizer, poucas são felizes sozinhas... E ainda completo, poucas são completamente felizes quando encontram "um certo alguém". Esse último caso, são as mais frustradas, pois levaram anos para descobrir e só descobriram quando já não tinham mais saída.
Acredito e sempre acreditei que as mulheres serão muito mais felizes quando elas descobrirem o poder de estar só. Não falo de viver na solidão, mas sim viver sabendo que não precisa de sua "alma gêmea" para ser feliz. Que vivendo só, se aprende mais sobre você mesmo, a saber o que exatamente você procura nesta outra pessoa, decidir o que você quer para sua vida (seja casar, seja ter namorado, seja ter independência financeira... o que for). Estar só faz você refletir mais com o mundo girando lá fora, faz você entrar em você mesmo, sentir e ver o que passa dentro de você. Estar só é ver o mundo dependendo de alguém e saber que você não precisa disso. É se fortalecer, é amadurecer suas idéias e planos, é saber que você é bonita sem esperar um elogio de alguém de fora. É viver a sua vida que Deus te deu.
Falo isso porque fiquei indignada ao entrar no globo online e ver que mulheres (e uns pingados de homens) foram para o Centro da Cidade, na Candelária, simplesmente para fazer uma passeata. Uma passeata chamada "os sem namorados"... Não é querer julgar ninguém, mas não tinha coisa melhor pra fazer não? Essas pessoas nunca ouviram falar da mensagem de Mário Quintana: "Não corra atrás das borboletas, cuide do seu jardim para que elas corram até você"??? O cuidar do seu jardim é cuidar de si mesma, é plantar algo a mais em você, é florescer, não dá pra entender???
Outro texto que explica bem isso, infelizmente não tem autor (pelo menos não encontrei. Se alguém souber me avise que eu atualizo aqui com o nome do autor) se chama "Nada como o tempo":
"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!"
Diz exatamente tudo! Pare de ficar "culpando" os homens, a vida, o destino por você não ter ninguém. Culpe-se! Corrija-se! Cuide-se! Curta-se! E depois me diga o que aconteceu...
Vamos lá "muguegada", força na peruca!!! Confie em si, pra depois confiar no outro.



To all my "Sisters"


A young wife sat on a sofa on a hot humid day, drinking iced tea and visiting with her Mother. As they talked about life, about marriage, about the responsibilities of life and the obligations of
adulthood, the mother clinked the ice cubes in her glass thoughtfully and turned a clear, sober glance upon her daughter 'Don't forget your Sisters', she advised, swirling the tea leaves to the bottom of her glass. 'They'll be more important as you get older. No matter how much you love your husband, no matter how much you love the children you may have, you are still going to need Sisters. Remember to go places with them now and then; do things with them'.

'Remember that 'Sisters' means ALL the women... your girlfriends, your daughters and all your other women relatives too. You'll need other women. Women always do.'

'What a funny piece of advice!' The young woman thought. Haven't I just gotten married? Haven't I just joined the couple-world? I'm now a married woman, for goodness sake! A grownup! Surely my husband and the family we may start will be all I need to make my life worthwhile!'

But she listened to her Mother. She kept contact with her Sisters and made more women friends each year. As the years tumbled by, one after another, she gradually came to understand that her Mom really knew what she was talking about. As time and nature work their changes and their mysteries upon a woman, Sisters are the mainstays of her life. After more than 50 years of living in this world, (well, nearly!!!!) here is what I've learned:

THIS SAYS IT ALL:
Time passes.
Life happens.
Distance separates.
Children grow up.
Jobs come and go.
Love waxes and wanes.
Men don't do what they're supposed to do.
Hearts break.
Parents die.
Colleagues forget favours.
Careers end.
BUT........

Sisters are there, no matter how much time and how many miles are between you. A girl friend is never farther away than needing her can reach.

When you have to walk that lonesome valley and you have to walk it by yourself, the women in your life will be on the valley's rim, cheering you on, praying for you, pulling for you, intervening on your behalf, and waiting with open arms at the valley's end.

Sometimes, they will even break the rules and walk beside you... Or come in and carry you out.

Girlfriends, daughters, granddaughters, daughters-in-law, sisters, sisters-in-law, Mothers, Grandmothers, aunties, nieces, cousins, and extended family, all bless our life!

The world wouldn't be the same without women, and neither would I.
When we began this adventure called womanhood, we had no idea of the incredible joys or sorrows that lay ahead. Nor did we know how much we would need each other.

Every day, we need each other still.
Happy days!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

I miss the good old days

Someday
In many ways, they'll miss the good old days
Someday, someday
Yeah, it hurts to say, but I want you to stay
Sometimes, sometimes

When we was young, oh man, did we have fun
Always, always
Promises, they break before they're made
Sometimes, sometimes

Oh, Maya says I'm lacking in depth
I will do my best
You say you wanna stay by my side
Darlin', your head's not right
See, alone we stand, together we fall apart
Yeah, I think I'll be alright
I'm working so I won't have to try so hard
Tables, they turn sometimes

Oh, someday...

No, I ain't wastin' no more time

And now my fears
They come to me in threes
So, I
Sometimes
Say, "Fate my friend,
You say the strangest things
I find, sometimes"

Oh, Maya says I'm lacking in depth
Say I will try my best
You say you wanna stay by my side
Darlin', your head's not right
See, alone we stand, together we fall apart
Yeah, I think I'll be alright
I'm working so I won't have to try so hard
Tables, they turn sometimes

Oh, someday...

I ain't wasting no more time

(The Strokes)

Acordei hoje sentindo falta do tempo que eu não pensava em contas, problemas, carro velho, nos casos malucos que a gente arruma por ai... Sentindo falta de me preocupar só com as notas da escola, se a paquera do colégio faltou, qual a merenda que minha mãe me mandou...
Aff... Good old times...

O inferno são os outros

Lendo o blog do Tico Sta Cruz, vi que ele falava sobre um lançamento do novo álbum que se chama “O inferno são os outros” e ele explica que além de ser uma música do Titãs (que ele não copiou) é uma expressão criada por Sartre... Eu muito da curiosa, fui investigar e achei isso aqui:

PS1: Aviso aos navegantes que o texto é enoooorme, quem não tiver paciência, desista aqui.
PS2: Para os “com sede de saber algo novo”, pode se jogar de cabeça, vale a pena!

Enjoy the ride...



Liberdade em Sartre

Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a idéia de liberdade como uma pena, por assim dizer. “O homem está condenado a ser livre”. Se, como Nietzsche afirmava, já não havia a existência de um Deus que pudesse justificar os acontecimentos, a idéia de destino, tal como descrita pelo cristianismo, passava a ser inconcebível, sendo então o homem o único responsável por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. Em outras palavras, para o autor, o homem é um ser que “projeta tornar-se Deus”. Segundo o comentário de Artur Polônio, “se a vida não tem, à partida, um sentido determinado [...], não podemos evitar criar o sentido de nossa própria vida”. Assim, “a vida nos obriga a escolher entre vários possíveis [mas] nada nos obriga a escolher uma coisa ou outra”. Assim, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade de arcar com as próprias responsabilidades.

O principal em Sartre é o fato de negar por completo o determinismo. Afinal de contas, não é Deus, nem a natureza, tampouco a sociedade que nos define, que define o que somos por completo ou nossa conduta. Somos o que querem os ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos. o quem irá definir. Os valores morais não são limites para a liberdade.

A existência, a responsabilidade e a má-fé:

Segundo Raymond Plant, em seu livro Política, Teologia e História, o argumento de que a existência precede a essência implica a necessidade de um criador; assim, quando um objeto vai ser produzido (um martelo, uma caneta, uma máquina), ele obedece a um plano pré-concebido, que estabelece sua forma, suas principais características e sua função, ou seja, ele possui um propósito definido, uma essência que define sua forma e utilidade, e precede a sua existência. Sendo Sartre um representante do existencialismo ateu, ele defende que há pelo um ser onde essa situação se inverte, e a existência precede a essência: o ser humano. Assim, seria o próprio homem o definidor de sua essência, e não Deus, como advogava o existencialismo cristão. Em sua conferência “O existencialismo é um humanismo”, Sartre afirma que o ser humano é o único nesta condição; nós existimos antes que nossa essência seja definida. Esse seria um dos preceitos básicos do Existencialismo. Assim, o autor nega a existência de uma suposta “essência humana” (pré-concebida), seja ela boa ou ruim. As nossas escolhas cabem somente a nós mesmos, não havendo, assim, fator externo que justifique nossas ações. O responsável final pelas ações do homem é o próprio homem. Nesse sentido, o existencialismo sartriano concede importante relevo a responsabilidade: cada escolha carrega consigo a obrigação de responder pelos próprios atos, um encargo que torna o homem o único responsável pelas conseqüências de suas decisões. E cada uma dessas escolhas provoca mudanças que não podem ser desfeitas, de forma a modelar o mundo de acordo com seu projeto pessoal. Assim, perante suas escolhas, o homem não apenas torna-se responsável por si, mas também por toda a humanidade. Essa responsabilidade é a causa da angústia dos existencialistas. Essa angústia decorre da consciência do homem de que são as suas escolhas que definirão a sua essência, e mais, de que essasescolhas podem afetar, de forma irreversível, o próprio mundo. A angústia, portanto, vem da própria consciência da liberdade e da responsabilidade em usá-la de forma adequada. Sartre nega, ainda, a suposição de que haja um propósito universal, um plano ou destino maior, onde seríamos apenas atores de um roteiro definido. Isto implica a constatação de que apenas nós mesmos definimos nosso futuro, através de nossa liberdade de escolha. Porém, Sartre não se restringe em “justificar” a angústia dos existencialistas, fruto da consciência de sua responsabilidade, mas vai além, e acusa como má-fé a atitude daqueles que não procedem de tal forma, renunciando, assim, a própria liberdade. De acordo com o autor, a má-fé é uma defesa contra a angústia criada pela consciência da liberdade, mas é uma defesa equivocada, pois através dela nos afastamos de nosso projeto pessoal, e caímos no erro de atribuir nossas escolhas a fatores externos, como Deus, os astros, o destino, ou outro. Nesse sentido, Sartre considerava também a idéia freudiana de inconsciente como um exemplo de má-fé. Podemos dizer, então, que para os existencialistas a má-fé compreendia a mentira para si próprio, sendo imprescindível para o homem abandonar a má-fé, passando então a condição de ser consciente e responsável por suas escolhas. Ao fazer isso, o homem passa, invariavelmente, a viver num estado de angústia, pois deixa de se enganar, mas em compensação retoma a sua liberdade em seu sentido mais pleno.

O outro

As outras pessoas são fontes permanentes de contingências. Todas as escolhas de uma pessoa levam à transformação do mundo para que ele se adapte ao seu projeto. Mas cada pessoa tem um projeto diferente, e isso faz com que as pessoas entrem em conflito sempre que os projetos se sobrepõem. Mas Sartre não defende, como muitos pensam, o solipsismo*. O homem por si só não pode se conhecer em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue se ver como parte do mundo. Sem a convivência, uma pessoa não pode se perceber por inteiro. "O ser Para-si só é Para-si através do outro", idéia que Sartre herdou de Hegel. Cada pessoa, embora não tenha acesso às consciências das outras pessoas, pode reconhecer neles o que têm de igual. E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo não tenho acesso à minha essência, sou um eterno "tornar-me", um "vir-a-ser" que nunca se completa. Só através dos olhos dos outros posso ter acesso à minha própria essência, ainda que temporária. Só a convivência é capaz de me dar a certeza de que estou fazendo as escolhas que desejo. Daí vem a idéia de que "o inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência. Sem eles o próprio projeto fundamental não faria sentido.

Pause

Graças ao nosso pai dos internautas esquecidos e burros (Google) eu achei o significado da palavra Solipsismo, que tá aí embaixo:

* Solipsismo - é a crença filosófica de que, além de nós, só existem as nossas experiências. O solipsismo é a consequência extrema de se acreditar que o conhecimento deve estar fundado em estados de experiência interiores e pessoais, não se conseguindo estabelecer uma relação direta entre esses estados e o conhecimento objetivo de algo para além deles.


Santa internet... afinal quem inventou a internet mesmo? Google again...


A origem da Internet

Os primeiros registros de interações sociais que poderiam ser realizadas através de redes foi uma série de memorandos escritos por J.C.R. Licklider, do MIT - Massachussets Institute of Technology, em agosto de 1962, discutindo o conceito da "Rede Galáxica". Ele previa vários computadores interconectados globalmente, pelo meio dos quais todos poderiam acessar dados e programas de qualquer local rapidamente. Em essência, o conceito foi muito parecido com a Internet de hoje. Licklider foi o primeiro gerente do programa de pesquisa de computador do DARPA, começando em outubro de 1962. Enquanto trabalhando neste projeto, ele convenceu seus sucessores Ivan Sutherland, Bob Taylor e Lawrence G. Roberts da importância do conceito de redes computadorizadas.

Ufa...

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O inferno são os outros” - Jean Paul Sartre

Os outros não entendem. Os outros não colaboram. Os outros ganham na loteria. Os outros perdem o irmão num acidente. Os outros pegam lepra, leishmaniose, peste, bico-de-papagaio, hemorróidas, câncer, gripe espanhola. Os outros têm histórias para contar. Os outros dormem no ponto. Os outros moram em favelas. Os outros vacilam. Os outros são seqüestrados, torturados e assassinados. Os outros não sabem de nada. Os outros são presos injustamente. Os outros são viciados em remédios, coca-cola e café expresso. Os outros não se entendem. Os outros moram em mansões. Os outros são cheios de manias. Os outros são babacas, otários e arrogantes. Os outros não têm limites. Os outros são pegos em flagrante. Os outros mentem muito. Os outros esquecem. Os outros vão para os Estados Unidos de férias. Os outros tiram férias. Os outros são os Estados Unidos. Os outros são ingênuos e tropeçam na rua. Os outros se jogam do viaduto e do décimo-nono andar. Os outros não são de confiança. Os outros fazem fila no hospital. Os outros sabem mecânica quântica e lógica paraconsistente. Os outros cantam e dançam. Os outros não perdem por esperar. Os outros fazem dívidas. Os outros não sabem o que querem. Os outros têm vergonha e verrugas. Os outros saem no jornal. Os outros não são de nada. Os outros perdem a hora. Os outros comem mortadela com sorvete escondido. Os outros não têm o que comer. Os outros ficam tão bonitos com suas roupas caras. Os outros são feios. Os outros trabalham para nós. Os outros perdem. Os outros são cafonas. Os outros fazem regime e ginástica. Os outros são cultos. Os outros só lêem orelha. Os outros não sabem de nada. Os outros não nos entendem. Os outros enganam. Os outros exploram. Os outros desamam. Os outros desaparecem. Os outros deixam a casa bagunçada. Os outros têm obrigação. Os outros jamais vão dormir sem lavar a louça. Os outros gostam de pornografia. Os outros são ladrões, desonestos e pão-duros. Os outros são cretinos. Os outros esnobam. Os outros traem. Os outros desconfiam. Os outros não dão explicações. Os outros esquecem. Os outros falam a verdade quando dão entrevistas. Os outros dão entrevistas. Os outros ficam velhos. Os outros têm com quem comentar o filme. Os outros estrelam os filmes. Os outros querem assim. Os outros são de Lua. Os outros tomam Sol. Os outros são teimosos. Os outros morrem na guerra. Os outros morrem. Os outros são neuróticos, histéricos, obsessivos, possessivos e psicóticos. Os outros passam nos concursos. Os outros perdem tudo no jogo. Os outros são certinhos. Os outros choram de barriga cheia. Os outros decidem. Os outros falam mal da gente. Os outros fazem de propósito. Os outros são vítimas. Os outros fazem de conta. Os outros pedem esmola. Os outros ficam paraplégicos. Os outros são pegos pelo fisco. Os outros têm mau-hálito. Os outros nem sonham. Os outros são paranóicos. Os outros são preguiçosos. Os outros não estão tão tristes assim. Os outros vão levando. Os outros estão muito pior. Os outros não têm motivo. Os outros não estão nem aí. Os outros fazem tudo escondido. Os outros nem desconfiam. Os outros não sabem o que fazem. Os outros é que são felizes. Os outros não trabalham. Os outros são tarados, perversos e serial killers. Os outros não compram a prestação. Os outros são um bando de incompetentes. Os outros dirigem muito mal. Os outros furam fila. Os outros vivem histórias de novela. Os outros vêem novela. Os outros ainda têm tempo pela frente. Os outros, no fundo, são bons. Os outros são tão infantis. Os outros vão dormir sem tomar banho. Os outros não prestam. Os outros ficam velhos. Os outros dão um duro danado. Os outros são chatos. Os outros são todos iguais. Os outros não sabem dar valor. Os outros, sim, é que sabem viver. Os outros são egoístas. Os outros nos perseguem. Os outros são diferentes. Os outros são uns ingratos. Os outros não guardam segredo. Os outros fazem promessas, jogam búzios e acreditam em milagres. Os outros só querem aparecer. Os outros desaparecem quando se precisa deles. Os outros vão dormir tarde porque fazem amor. Os outros vão para o céu. Os outros são o inferno. Os outros apanham da vida. Os outros nunca esquecem. Os outros são mal amados e acordam cedo. Os outros são bregas, caipiras e modernos. Os outros jogam papel na rua. Os outros soltam a franga. Os outros têm medo e dormem com a luz acesa. Os outros não têm coração. Os outros não fazem nada. Os outros não tomam providência. Os outros tomam na cabeça. Os outros desistem. Os outros insistem.



terça-feira, 5 de maio de 2009

Sono quando bate...


Tem tempos que não durmo direito, não sei porque, mas fico até altas horas (leia-se 4, 5 hrs da manhã) acordada esperando o bendito do sono chegar... Muitas das vezes recorri para "certos" remédinhos que me derrubam, fazer o que? No dia seguinte ia ter que acordar cedo mesmo! Vai explicar isso pro chefe... Vai rir da minha cara e dizer "você tão nova com insônia? E porque? Você tem problemas?".
É, as pessoas me olham e acham que eu sou a pessoas mais feliz do mundo (o que realmente eu posso ser), sem problemas (isso eu tenho aos montes) e mais zen da face da terra... mas não sou, tenho meus problemas e qdo eles resolvem me infernizar, lá se vai meu sono...
Esse feriado agora o que eu mais fiz foi....???? D-O-R-M-I-R!!!!
Meu dia do trabalho foi digno de trabalhador mesmo, me dei folga! Dormi, não ví a luz do dia, não atendi telefone, não ví TV!!! Nada fiz, além de sonhar...
Era apenas acordada pelos meus sonhos com comida, que deveriam ser sinais do meu organismo não aguentando mais ficar sem nada...
Ai, ai... como é bom "se dar" dias assim... Ainda bem que moro sozinha...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Achei um texto bem bunitin no site dela (http://escritoalapis.blogspot.com/2009/04/lapis-de-cor.html) e resolvi postar aqui...

"Não tenho culpa se os meus diαs têm nαscido completαmente coloridos e os outros cismαm em querer borrαr αs cores.
Não tenho culpα se meu sorriso é de verdαde e αcontece por motivos bobos, mαs bem especiαis.
Não tenho culpα se meus pαssos são firmes.
Não sou perfeita... Eu tropeço e cαio de ve
z em quαndo, αliás, eu cαio muito.
Meus olhos... Tem brilhαdo bem diferente ultimαmente. E brilhαm diferente α cαdα diα... e começo α me preocupαr... pois tenho medo dα velocidαde dessαs αlterαções...
E no meu mundo mαis lindo e completo não consigo entender α existênciα de αlgumαs pessoαs.
Mαs o mundo αqui nao é dos mαis justos mesmo...
Compreendo. Mαs mesmo αssim, eu tenho bαstαnte lápis de cor...
Empresto prα quem quiser pintαr α vidα.

Mαs por fαvor... Não borrem α minhα.."




Ai, que bom que existe a interLet... Coisas muito boas podem ser achadas...

terça-feira, 28 de abril de 2009

Fumante é porco ou a população toda é porca?

Estava eu viajando pela internet, lendo o blog do Ancelmo Góis e leio uma matéria sobre uns ecológicos que estão vendendo nas praias um “porta-guimba” para os fumantes não deixarem as guimbas na areia da praia. Acho muito legal a idéia e já tinha visto um porque minha tia ganhou de um amigo ecologista.


Pause

By the way, quem quiser me dar um to aceitando... Não encontrei ainda com nenhum ecologista desses...

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O que me deixou besta foram os comentários deixados no blog do Góis. As pessoas ainda rotulam os fumantes como porcos... Ainda isso?

Eu fumo e não me envergonho disso (deveria, pois sei o mal que me faz), mas isso não quer dizer que eu tenha aceitar esse rótulo de porca! Isso é um vício criado por mim, a escolha foi minha e então a partir do momento que eu escolhi fumar eu escolhi me rotular como porca? Claro que não! Acho que o que falta nas pessoas é educação e isso não só nos fumantes e sim, também, em toda população. Cansei de ver gente que não fuma jogando lixo pela janela do carro. Cansei de ir a praias e catar lixos de pessoas que não fumam, mas deixam seus “restos” na areia. Cansei de andar pelas calçadas e ver pessoas que não fumam jogar o papelzinho no chão, que um carinha tava distribuindo, e assim vai.

Posso falar? Porcas são essas pessoas, porcas são as pessoas que sabem que estão sujando a cidade e pensam “daqui a pouco um gari passa e limpa”! Essas sim deveriam carregar uma placa pendurada no pescoço bem grande com letras garrafais “EU SOU UM(A) PORCO(A)”.

E como dizia meu querido Zeca Pagodinho: Se eu quiser beber, eu bebo! Se eu quiser fumar, eu fumo...

E tenho dito!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Saudade é o amor que fica.



Eu ultimamente tenho lido muito...
Muita coisa! De textos jogados na internet sem nem mesmo saber quem escreveu até livros que são best sellers. Ando lendo muito e uma das escritoras que eu amo de paixão é a Martha Medeiros...
Aqui vai um texto dela que achei na internet e decidi dividir com vocês:

A dor que dói mais
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Dóem essas saudades todas.

Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o escritório e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua pintando o cabelo de vermelho. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua surfando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber se ele está com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
(Martha Medeiros)

Oh my God! She's back again....

Eu nunca deveria ter deixado isso aqui, sempre gostei de escrever. Escrevia sobre a minha vida e os acontecimentos em outro blog, as pessoas acompanhavam achando tudo muito engraçado e que achando que com certeza a metade das coisas eram criadas para tornar um texto engraçado. Mas o que acontece é que isso realmente é a minha vida, é feita de altos e baixos como de todo mundo, mas o jeito que eu levo é diferente. Ver o lado positivo de tudo é sempre muito difícil, imagine ver o lado positivo e engraçado... Essa é a visão que eu tenho da minha vida, vista de fora, por mim, contada por mim...
Então pensando em apenas voltar a um hábito comum que tinha e deixei não sei porque, volto. Volto contando poucas coisas que acontecem (quando me der vontade), mas especialmente dividindo meus aprendizados com quem quiser aprender um pouquinho sobre isso que passamos todos os dias e chamamos de vida!
Welcome back to it!
To my life without a draw!